«A crença na Criação diz respeito à diferença entre o nada e alguma coisa, enquanto a ideia de evolução examina a diferença entre uma coisa e uma “outra” coisa. A Criação caracteriza o ser como um todo, como um “ser de outro lado”. A evolução, por contraste, descreve a estrutura interior do ser e investiga o “de onde” específico das realidades individuais existentes.
(…) a crença na Criação e a ideia da evolução designam, não só duas áreas diferentes de investigação, mas também duas categorias de pensamento diferentes. Esta é, provavelmente, a causa da problemática relação que se sente entre as duas, mesmo depois de se ter tornado evidente a sua compatibilidade fundamental.»
Joseph Ratzinger, “Credo for Today”, Loc 382-399, Kindle Edition, 2009.
Boa tarde,
Retira-se a seguinte teoria: o corpo é considerado como produto da evolução, mas depois se diz que há outra parte do homem que não evoluiu.
Biologicamente, o homem, igual ao macaco, é uma espécie especial de animal. Pertence ao reino animal junto com todos os demais dos animais. . . . A alma do homem (e da mulher) foi criada directamente por Deus e é espiritual e imortal.
A Bíblia não admite a relação biológica do homem com os animais.
A menos que seja uma narrativa bíblica sobre Adão apenas alegoria.
Uma garotinha pergunta a sua mãe: – Como é que se criou a raça humana?
A mãe respondeu: – Deus criou Adão e Eva, eles tiveram filhos, e os filhos tiveram filhos, e assim se formou a raça humana.
Dois dias depois, a garotinha faz ao pai a mesma pergunta. E o pai responde: – Há muitos anos, existiam macacos que foram evoluindo até chegarem aos seres humanos que você vê hoje.
A garotinha, toda confundida, foi ter com a mãe e disse-lhe : – Mãe, como é possível que a senhora me diga que a raça humana foi criada por Deus e o papai diga que evoluiu do macaco?
E a mãe respondeu:
– Olha, minha querida, é muito simples: eu te falei da minha família e o pai falou da dele.
Cumprimentos,
Manuel Rodrigues
Caro Manuel,
Biologicamente, o homem, igual ao macaco
Esta afirmação está errada. Em termos evolutivos afirma-se que o homem e o macaco possuem um ascendente comum, que não é macaco, nem homem.
A alma do homem (e da mulher) foi criada directamente por Deus e é espiritual e imortal.
Esta é uma questão em aberto. É verdade que desde Pio XII, na sua Humanis Generis que é feita esta afirmação, mas essa entra em contradição com a oposição clara a um dualismo entre corpo e alma, sendo estes, na tradição Cristã, uma coisa só. É verdade que a alma é espiritual, mas é também corporal, e que é imortal, mas também o corpo após a ressurreição de Jesus (se acreditarmos na ressurreição da carne). Por fim, nada na Bíblia sustenta tal dualismo.
A Bíblia não admite a relação biológica do homem com os animais.
Creio que a Bíblia não se pronuncia sobre este assunto.
A menos que seja uma narrativa bíblica sobre Adão apenas alegoria.
Já discutimos bastante sobre isto e diferimos na interpretação do texto Sagrado. Como sabe, não apoio o literalismo bíblico e acho-o redutor quanto ao sentido e significado da Escritura que dele resulta.
Quanto à anedota, é semelhante ao comentário de Thomas Huxley: «He was not ashamed to have a monkey for his ancestor; but he would be ashamed to be connected with a man who used great gifts to obscure the truth.»
Bom dia,
“Ao decifrarem o código genético dos chimpanzés, cientistas comprovaram que o homem se distingue biologicamente do macaco por um pequeno conjunto de importantes diferenças do DNA. A informação consta de um estudo publicado hoje pelo jornal científico semanal britânico Nature.” Fonte: Notícias Terra
Atenciosamente,
Manuel Rodrigues
Caro Manuel,
vê como eu tinha razão? A distinção entre o ser humano e o chimpanzé pode não ser grande, mas é suficiente para que o primeiro tenha consciência de si mesmo e consiga reflectir sobre isso, enquanto o segundo possui essa limitação.
Abraço
Boa tarde,
Sim, não completamente idêntico. Graças a Deus…
“…análise da sequência genética revela que esses primatas compartilham com os chimpanzés e o ser humano 97,5 por cento do DNA, mas têm alguns genes muito diferentes, assinalam os cientistas numa série de artigos publicados hoje na revista Science
Atenciosamente,
Manuel Rodrigues