Perante a harmonia matemática do mundo, será que Deus age matematicamente?

Gottfried Leibniz, matemático e filósofo alemão do século XVII, respondia a esta questão com uma metáfora: «quando Deus calcula e pensa nas coisas, o mundo é feito». Quer isto dizer, segundo Michael Heller, que para Deus planear é o mesmo que implementar esse plano. Que plano? Diz-nos o Cardeal Schönborn ao reflectir sobre as palavras de Bento XVI, “o plano inteligente do cosmos”, que esse plano é um plano de Amor. O planear de Deus não é “determinismo”, mas “amorismo”. Logo, a harmonia matemática interpretada pela filosofia e teologia expressa a beleza do Amor de Deus. Vem a propósito disto recordar que numa mensagem a um grupo de trabalho de matemáticos Chiara Lubich disse que «a matemática é um modo de colher e exprimir as várias formas de relacionalidade presentes no universo e também a lógica a estas subjacente».