O título diz tudo: um confronto entre a doutrina cristã e a teoria da evolução por um autor que é conhecido por tentar conciliar ambas. O resultado é a conclusão de que as duas perspectivas constituem explicações complementares, e não conflituosas, do mundo em que vivemos. Interessante para os adeptos de ambos os campos, já que revela os argumentos comummente utilizados pelas duas facções.
O AUTOR
John F. Haught é professor de Teologia e ex-presidente do Departamento de Teologia da Universidade de Georgetown. A sua área de especialização é teologia sistemática, com um interesse marcado por ciência, cosmologia, ecologia e conciliação de evolução e teologia. Considerado evolucionista teísta, encara a ciência e a religião como dois níveis de explicação diferentes e não concorrentes entre si
Boa noite,
De acordo com a Bíblia, um homem perfeito viveria para sempre com saúde perfeita. Fica evidente pelo que Deus disse a Adão que se ele não desobedecesse nunca morreria. (Gênesis 2:16, 17; 3:22, 23) Deus não teria dito que a criação do homem era ‘muito boa’ se o homem tivesse a predisposição de adoecer ou de se rebelar. A perda da perfeição explica por que o corpo humano, embora tenha sido maravilhosamente projectado, é susceptível a doenças e deformidades. Portanto, a evolução é incompatível com a Bíblia. Ela apresenta o homem moderno como um animal que está se aprimorando. A Bíblia o apresenta como alguém que descendeu de um homem perfeito e está em processo de degeneração.
Cumprimentos,
Manuel Rodrigues
Caro Manuel,
Em primeiro lugar noto que o seu pensamento se baseia num dualismo entre corpo e alma. Não há nada na Bíblia que sustenha isso. Pelo contrário, cada ser humano é uma unidade corpo-alma.
Por outro lado, para se saber o que é um homem perfeito é necessário entender o que significa “perfeição”. O que entende o Manuel por perfeição?
Ainda, se um homem perfeito é aquele que tem saúde perfeita, para além do que se entende por perfeição é necessário também saber-se o que se entende por saúde. O que entende o Manuel por saúde? Será saúde a presença ou ausência de doença? Talvez tenha sido essa a definição da OMS no século passado, mas não actualmente. Hoje fala-se de bem-estar. Mas, novamente, o que se entende por bem-estar?
Não é pelas imperfeições do nosso corpo que evolução se incompatibiliza com a Bíblia, mas as interpretações que fazemos do texto Sagrado. Quando tiver oportunidade de me responder às questões que lhe coloquei, poderei partilhar-lhe algumas impressões que mostram como o que está escrito na Bíblia é consonante com a evolução.
Cordiais saudações,
Miguel Panão
Boa tarde Miguel,
1)O dualismo da alma e corpo e o consequente mito da imortalidade da alma são teorias platónicas que nada têm que ver com o cristianismo. Está correcto quando diz que a bíblia não sustenta o dualismo. Não obstante, existem religiões que a defendem (erradamente) usando textos bíblicos para provar a sua doutrina. Relativamente à teoria da evolução não existe um único texto que indique a selecção natural.
2) De acordo com as Escrituras: (Hebreu 7:26)
Jesus nasceu como humano perfeito, santo, sem pecado.
(Marcos 4:36-39)
Sua perfeição física, naturalmente, não era infinita, mas limitada à esfera humana; ele tinha limitações humanas; ficava cansado, sedento e faminto; era mortal.
(Eclesiastes 7:29)
Um homem perfeito tem livre-arbítrio e a capacidade de imitar completamente as qualidades de Deus.
Questão para o Miguel reflectir tendo como base o texto de Mateus 5:48:
Como podem homens pecadores ser perfeitos assim como seu Pai celestial?
3) O que significa bem-estar de acordo com as Escrituras:
Para além da definição da OMS “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença.”
Note o que a Bíblia promete:
(Ísaias 33:24; 35:25,26)
A genuína paz,o bem-estar, portanto, tem de incluir a eliminação das doenças, das moléstias e da morte.
4)AQUELES que apóiam a teoria da evolução acham que ela agora já é um facto confirmado. Crêem que a evolução é uma “ocorrência real”, uma “realidade”, uma “verdade”, conforme certo dicionário define a palavra “facto”. Mas, será mesmo?
É curioso que, desde que o livro de Charles Darwin, A Origem das Espécies, foi publicado em 1859, vários aspectos dessa teoria passaram a ser motivo de considerável discordância, mesmo entre cientistas evolucionistas. Hoje em dia, tal disputa é mais acirrada do que nunca.
De que lado está Deus? Vamos perguntar a Ele, Miguel?
Resposta de Deus sobre o assunto em questão:
(Isaías 45:12)
Bem sei que tem uma interpretação mais flexivel que a minha. talvez um dia possamos debater: PERMITE A BIBLIA TODA E QUALQUER INTERPRETAÇÃO? POR QUE NÃO PERMITE TODA E QUALQUER INTERPRETAÇÃO? QUAL A CORRECTA?
Fico à espera do seu ajuste da teoria da evolução à bíblia.
Cumprimentos,
Manuel Rodrigues
Deixo aqui o meu blogue. Revela um pouco mais de mim e das leituras que faço.
Basta escrever – No quarto das maravilhas, no motor de busca e será o primeiro link.
Atenciosamente,
Manuel Rodrigues
Caro Manuel,
Relativamente à teoria da evolução não existe um único texto que indique a selecção natural.
Deveria?
Como podem homens pecadores ser perfeitos assim como seu Pai celestial?
Deus nada nos pede que não esteja ao nosso alcance. Sede perfeitos “como” … e esta é a palavra determinante. “Como”. Mas como quem? Como o Pai? Mas como é o Pai perfeito? Pai é uma palavra, que em si mesma exprime relação. Por outro lado, antes deste apelo ontológico à perfeição, Jesus fala do amor ao próximo (Mt 5:44). Logo, a perfeição do Pai é a do amor, que constitui o Seu próprio ser (1 Jo 4, 8). Também Jesus, que era Um com o Pai (Jo 10, 30). Porquê? Porque era perfeito no Seu relacionamento com o Pai. Em suma, em resposta à sua pergunta, homens pecadores podem ser perfeitos se forem perfeitos no amor através dos relacionamentos. Como? Fazendo-se um “nada por amor” como Jesus na Cruz.
A genuína paz,o bem-estar, portanto, tem de incluir a eliminação das doenças, das moléstias e da morte.
Concordo, mas “incluir a eliminação” não implica reduzir-se a isso. É para esse facto que gostaria de chamar a atenção. Aliás, este aspecto relaciona-se muito com o anterior. Experimente colocar a “perfeição no amor através dos relacionamentos” como critério base da saúde e verá os seus potenciais efeitos.
De que lado está Deus? Vamos perguntar a Ele, Miguel?
Resposta de Deus sobre o assunto em questão:
(Isaías 45:12)
Deus está do lado de “todos”, repito, “todos” os homens, porque os criou a todos (Is 45:12). Se tomasse partido, que Deus seria esse? Certamente não seria um Deus perfeito no amor através dos relacionamentos. Contudo, o facto de estar escrito em Isaías que Deus fez a terra e criou nela os homens; que as Suas mãos estenderam os céus; nada indica que o não tenha feito tendo em conta a evolução.
Não sei se a minha interpretação é mais flexível, mas asseguro-lhe que não é literalista.
PERMITE A BIBLIA TODA E QUALQUER INTERPRETAÇÃO?
Não.
POR QUE NÃO PERMITE TODA E QUALQUER INTERPRETAÇÃO?
Porque nem todas são coerentes com várias dimensões da realidade.
QUAL A CORRECTA?
Não sei, mas por via apofática, a literalista não é correcta.
Algumas impressões sobre Bíblia e Evolução …
A receita de Darwin tem 3 ingredientes:
1) variabilidade (acaso);
2) selecção natural;
3) tempo.
1) No acaso vemos contingência, que significa uma abertura essencial para a autonomia da criação (Ecl 9, 11). Só um mundo autónomo pode chegar a uma autêntica comunhão com Deus.
2) selecção natural é uma metáfora antropomórfica de Darwin com um carga teleológica maior do que se lhe atribui hoje em dia, logo limitada se literalizada (Richard Rorty). Contudo, um universo sem leis seria meramente caos, logo, a selecção natural traz consistência e autonomia relativamente ao Criador. E como se relaciona isso com a providência de Deus? O que quererá Jesus dizer com o ressuscitar no último dia? (Jo 6:39-40;44;54) Terá o Criador terminado a sua criação? O Universo está já acabado? A Bíblia diz que não (Rm 8:19) e remete (tal como nas passagens que mencionei) para os últimos tempos, para o tempo escatológico. Nesse sentido, será de admirar que haja evolução, que Deus continue a criar (creatio continua) e que estamos a cada momento perante a “vinda do futuro” que, em última análise, é a vinda do próprio Deus?
3) o tempo é irreversível, o que significa que cada momento é único (2ªLei da Termodinâmica) e a realidade é histórica. Também S.Paulo se dá conta disso: Rm 8:19-22.
Assim, na Bíblia encontramos, no contexto adequado, passagens que dão-se conta dos mesmos ingredientes que se identificaram na receita para a evolução, levando – ao menos – a questionar seriamente a interpretação literalista e redutora do verdadeiro potencial de um diálogo frutuoso entre ciência e religião.
Cordiais saudações,
Miguel Panão
Caro Miguel,
Ler a “palavra” ,ou a mensagem, de Deus na Bíblia pode mudar a nossa vida. Pode ajudar a examinar a nós mesmos. Talvez afirmemos amar a Deus “homens pecadores podem ser perfeitos se forem perfeitos no amor…” , mas o modo como reagimos ao que a sua Palavra inspirada, a Bíblia, ensina revelará quais são os nossos verdadeiros pensamentos, até mesmo as intenções do coração.
“… o facto de estar escrito em Isaías que Deus fez a terra e criou nela os homens; que as Suas mãos estenderam os céus; nada indica que o não tenha feito tendo em conta a evolução.”
Ou sido conforme descrito na narrativa do Génesis, “…passou a formar o homem do pó do solo.”
Contudo, a origem do universo e a origem da vida não podem ser testadas ou observadas. Assim sendo, levando em conta a harmonia interna da Bíblia, a segunda “hipótese” é a mais convincente. Isaías corroborou com o escritor do Génesis.
Porque nem todas são coerentes com várias dimensões da realidade.
Correcção: Porque nem todas [interpretações] são coerentes com as Escrituras Sagradas.
Não sabe qual é a interpretação mais correcta, então, note o que escreveu “Pai é uma palavra, que em si mesma exprime relação.” esta relação de pai para filho acomoda com base na força no texto Mateus 7:7 que é proveitoso fazer perguntas e raciocinar que sabemos só o que perguntamos. Como Pai amoroso para com os seus filhos, seguramente que “abrirá” as “portas” à escuridão.
Algumas impressões as evidências da criação
A receita de Deus 3 ingredientes:
1) Sua Palavra inspirada, a Bíblia;
2) Geração de informação;
3) “Nada pode surgir do nada”
1) A Bíblia nos oferece uma compreensão ímpar quanto à origem da humanidade. Ela nos diz que Deus preparou a terra e colocou nela o primeiro casal humano.
2). Considere a vasta quantidade de informação contida na molécula de DNA. A probabilidade matemática de que um único cromossoma tenha sido gerado a esmo é menos de 1 em 9 triliões, algo tão improvável que pode ser considerado impossível. Acho um absurdo acreditar que forças sem inteligência possam ter criado não apenas um cromossoma, mas toda a espantosa complexidade existente nos seres vivos.
3) Acho surpreendente que alguém aceite a teoria da evolução como fato quando os próprios “especialistas” em evolução não entram num consenso sobre como a evolução teria acontecido. Por exemplo, você consideraria a aritmética um fato comprovado se alguns especialistas dissessem que 2 mais 2 é igual a 4, ao passo que outros afirmassem que o total podia ser 3, ou, quem sabe, 6? Se o papel da ciência é aceitar apenas o que pode ser provado, testado e reproduzido, então a teoria de que toda a vida evoluiu de um ancestral comum não é um fato científico. Nada pode surgir do nada. Comprova a ciência!
A aplicação dos textos bíblicos que o Miguel faz para dar suporte a teoria da evolução, mais parece um malabarista a tentar equilibrar na corda, que por fim cai.
Menciona (Ecl. 9:11) inferindo variabilidade (acaso). Curioso, em Isaías 45:12 o Miguel diz que nada indica, mas em Eclesiastes indica “autonomia da criação”. Quer s.f.f. ler o texto com atenção e verificar de que fala Deus. Inclusive ler na sua própria tradução o cabeçalho, que já lhe dá uma ajuda a entender de que se trata.
“Voltei-me de novo para o que se passa sobre a face da terra e vi que os mais rápidos a correr não são sempre os que ganham as corridas, nem os mais fortes que ganham sempre as batalhas. Também vi que os homens sábios são frequentemente pobres, e os mais capazes não são necessariamente famosos; é uma questão de sorte, de acontecer encontrar-se no sítio certo, no momento oportuno.”
Usando o seu método de interpretar até podia inferir neste texto uma receita de mousse de maracujá! É só um pouco de imaginação, e acredite é uma delícia. Basta bater as natas “no momento oportuno” aqui aplica-se as também a frase “questão de sorte” porque nem sempre as natas ficam solidificadas. A seguir é levá-las ao congelador “encontrar no sítio certo” e durante uma hora está pronta a servir “…os mais capazes não são necessariamente famosos”.
Não comento o texto Eclesiastes por razões óbvias.
(Jo 6:39-40;44;54) que confusão.
Rom 8:19 diz que os filhos de Deus estão ansiosos pela vinda de Cristo, e o Miguel relaciona com o Universo que ainda não está acabado. Não quereria antes mencionar o versículo 20, pelo menos menciona que a criação está sujeita à futilidade e, aqui já pode manobrar melhor a “vara”, ao seu modo.
potencial de um diálogo frutuoso entre ciência e religião
A bíblia não contradiz a ciência. “os mais rápidos a correr não são sempre os que ganham as corridas” .
Atenciosamente,
Manuel Rodrigues
Caro Manuel,
quando no Génesis está escrito «o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e insulflou-lhe pelas narinas o sopro de vida, e o homem transformou-se num ser vivo». (Gn 2, 7), e se pensa literalmente que foi assim que aconteceu materialmente, é o que se refere a uma interpretação literal. A Bíblia não pretende ser um tratado científico. Considerá-la assim, ao contrário do que pensam os criacionistas, está-se a diminuir o seu valor e a sujeitar a profundidade do seu conteúdo ao ridículo. Diz o John Haught neste livro que «se optamos por tomar a Bíblia como uma fonte de ciência exacta, isso na verdade acaba por diminuir os textos sagrados» (Haught, Cristianismo e Evolucionismo, p. 138). Aliás, o literalismo é, precisamente, esta «incapacidade para ler a Natureza ou as Escrituras a níveis mais profundos» (Haught, p. 130). Paul Tillich dizia que não deveríamos levar os textos bíblicos à letra, mas sim levá-los a sério e eu concordo.
a origem do universo e a origem da vida não podem ser testadas ou observadas.
Este problema levantado pelo criacionismo científico advém do facto de tomar a Bíblia como fonte segura de informação científica, pois, a Bíblia é literalmente infalível, logo, não se pode conceber que contradiga a ciência, ou vice-versa. Penso que reduzindo a Bíblia ao nível de detentora de autoridade científica, excluindo outros níveis mais profundos, a mesma observação que o Manuel fez, podia ser entendida no sentido inverso. Por exemplo, se o homem foi criado no sexto dia, ele não estava presente nos dias anteriores para aferir o que, de facto, Deus teria feito e a ordem com que o fez. Por outro lado, nada na Bíblia está escrito que esses relatos foram “segredados” ao ouvido do Homem pelo Espírito de Deus, logo, penso que isto mostra como é falível e ridículo o literalismo que faz o criacionismo.
A Bíblia nos oferece uma compreensão ímpar quanto à origem da humanidade.
Concordo ao nível ontológico, não ao nível material, como referi anteriormente quanto à Bíblia não ser uma fonte de autoridade científica e ser mais do que isso. Contudo, penso que a origem da humanidade ao nivel do “ser”, ou seja, da ontologia é mais importante para as questões últimas, enquanto que a versão evolucionária é mais importante em termos epistémicos. Não se contradizem, mas são níveis de explicação diferentes para o mesmo aspecto da realidade.
Acho um absurdo acreditar que forças sem inteligência possam ter criado não apenas um cromossoma, mas toda a espantosa complexidade existente nos seres vivos.
Acho o mesmo, mas não concebo a visão de um Deus determinista que crie por intervenção directa. Isso seria violar a autonomia do mundo, ou seja, a própria liberdade que Deus deu ao mundo para “que seja”. Como diz Haught: «insistir numa criação especial … é reduzir Deus ao papel de um mágico». (p. 102) ou que «a acção divina é reduzida a uma banal manipulação».(p. 166) «O literalismo vive naquilo que Edwin Abbott chamou Flatland (terra plana), um mundo alegórico no qual seres de duas dimensões não conseguem conceber a possibilidade de existir uma terceira dimensão, e que perseguem aqueles que dizem poder fazê-lo». (p. 105) Algo que diz respeito tanto a materialistas científicos como a criacionistas. Pois, «deste modo, pensamos ter de fazer uma escolha entre explicar a diversidade da vida ou em termos de selecção natural ou em termos de criação divina. Apenas a noção de que pode haver uma “hierarquia de explicações” nos permitirá compreender que não estamos condenados a ter de fazer uma escola tão estreita» (Haught: 105-106). Ou seja, ao nível científico é possível dar uma explicação para a evolução, mas não uma explicação última, que se situa ao nível da teologia que explica como o fenómeno evolutivo faz parte da criação divina.
Se o papel da ciência é aceitar apenas o que pode ser provado, testado e reproduzido, então a teoria de que toda a vida evoluiu de um ancestral comum não é um fato científico.
Confunde teoria científica com facto científico. Haught na questão 8 esclarece que «dizer que a evolução é “apenas uma teoria” e não algo de “factual” pode levar a sérios mal-entendidos acerca do que “teoria” e “facto” efectivamente significam na pesquisa científica. Uma teoria é um modo amplo de organizar e tornar inteligíveis os dados observáveis que são descobertos pela pesquisa científica. E nada se pode tornar um “facto” científico a não ser no contexto de uma teoria mais global. Uma teoria não é algo qu se dissolva ou desapareça uma vez que consigamos chegar aos “factos”. É antes algo que permance como o contexto inteligível no qual todos os factos são identificados como tal». (p. 34) Classificar a evolução como teoria em nada diminui o seu valor científico e, inclusivé, como todas as teorias científicas, existe uma abertura intrínseca a melhoramentos e revisões.
Nada pode surgir do nada. Comprova a ciência!
Depende do que se entende por … nada.
Menciona (Ecl. 9:11) inferindo variabilidade (acaso). Curioso, em Isaías 45:12 o Miguel diz que nada indica, mas em Eclesiastes indica “autonomia da criação”. Quer s.f.f. ler o texto com atenção e verificar de que fala Deus.
Vamos lá então.
Em Is 45:12 diz: “fiz a terra”; “criei nela”; “foram as minhas mãos”; sou Eu que comando”. Não diz “como” Deus fez, “como” criou, senão que, aparentemente, usou as Suas “mãos”. Mãos!?! Deus tem mãos? Mas, por acaso, alguém terá “visto” Deus para saber se tem, ou não tem, mãos e o que faz com elas? «A Deus jamais alguém o viu». (Jo 1:18)
O título de Ecl 9:11 é “Absurdos da existência” e o de Is 45:12 é “O barro e o oleiro”. Em que medida é que não li com atenção? Quer explicar-me?
Usando o seu método de interpretar até podia inferir neste texto uma receita de mousse de maracujá!
O que no texto são “natas”? Porque “bater as natas” é uma “questão de sorte”? Quando é que as natas não ficam solidificadas? Qual a parte no texto que ajuda a perceber a diferença? Este não é o “meu” método de interpretação, é o seu, e o argumento é muito fraco. Não merece comentário.
Rom 8:19 diz que os filhos de Deus estão ansiosos pela vinda de Cristo
Errado. Leia de novo o versículo.
A bíblia não contradiz a ciência.
… porque nada tem a ver com ela.
Sugiro que adquira o livro do John Haught que esclarece muitas das questões que coloca.
Cordiais saudações,
Miguel Panão
Caro Miguel,
”…e se pensa literalmente que foi assim que aconteceu materialmente, é o que se refere a uma interpretação literal.(…) mas sim levá-los a sério e eu concordo.”
A fé dos cristãos no relato de Génesis sobre a criação permanece firme, imperturbável pelas actuais querelas religioso-científicas. Acima de tudo, é apoiada pelo testemunho de Jesus Cristo: “Não lestes que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea?” (Mateus 19:4, 5) Pode explicar como se pode levar “a sério” esta afirmação de Jesus?
”Este problema levantado pelo criacionismo científico…”
A Bíblia não estabelece a época da criação dos ‘céus e da terra’. A posição dos criacionistas nisso não é apoiada pela Bíblia e suas teorias conflituam com os factos da astronomia, da física e da geologia.
“Por outro lado, nada na Bíblia está escrito que esses relatos foram “segredados” ao ouvido do Homem pelo Espírito de Deus…”
Diferentes posições relativamente á origem da inspiração (anteriormente debatidas) estabelece a distância entre nós. Mas como o Miguel assume humildemente que não sabe qual a interpretação correcta, entendo que recorre em busca de inspiração para interpretar a Palavra do Criador noutras fontes. Mais adianto, que Deus disse e muitas vezes ao ouvido de homens “escreve estas palavras”.
“ Não se contradizem, mas são níveis de explicação diferentes para o mesmo aspecto da realidade.”
Hoje (08/09/09) no jornal do público traz um artigo sobre um famoso biólogo Paul Kammerer defensor da teoria “lamarckiana” da evolução. Um investigador chileno “ressuscita” esta hipótese. Hoje esta teoria é descartada em favor da teoria de, embora alguns cientista ainda a apoiem, que posição fica o Miguel, “lamarckiana” ou “darwinista”?
“Acho o mesmo, mas não concebo a visão de um Deus determinista que crie por intervenção directa.”
Então peça a Deus que o ajude a entender a Sua sabedoria e Seu poder nos actos criativos. Muitos profetas e homens de fé o fizeram, pediram a Deus que lhe desse entendimento correcto sobre a escrituras, e Ele lhes deu e continua a dar. É claro, apenas a quem interpreta Mateus 7:7 de modo literal.
“…explica como o fenómeno evolutivo faz parte da criação divina.”
“explica” alguns Miguel, nem todos os cientistas, porém, descartam a alternativa. Por exemplo, o físico H.S.Lipson, compreendeu as probabilidades contrárias à origem espontânea da vida, disse: “A única explicação aceitável é a criação. Sei que isto é anátema para os físicos, como deveras é para mim, mas não devemos rejeitar uma teoria da qual não gostamos, se a evidência experimental a apoia.” Lipson, Um físico examina a evolução, 1980
Há muito que dizer sobre este assunto, criação ou evolução.
”Em Is 45:12 diz”
Desculpe, mas não percebi o que quis transmitir. Pessoalmente já vi um oleiro a moldar o barro, não o acaso, há trabalho de artista. Excelente texto sobre a origem do homem.
“Quer explicar-me?”
Sinceramente gostaria, mas primeiro é necessário que o Miguel explique melhor a relação que esses textos têm com a teoria evolucionista.
”…o argumento é muito fraco. Não merece comentário.”
Há argumentos fracos, tem razão. No entanto suspeito que percebeu a ideia. A sua tentativa de associar Eclesiastes a outra coisa, não é apenas argumento fraco, do ponto de vista bíblico note Provérbios 30:5,6. Se levar a sério a admoestação da Palavra, como diz, reconsiderará a sua “visão de Deus”.
Errado. Leia de novo o versículo.
Até cito: “Pois a expectativa ansiosa da criação está esperando a revelação dos filhos de Deus.”
Qual é exactamente o erro?
”Sugiro que adquira o livro do John Haught que esclarece muitas das questões que coloca.”
Muito obrigado.
Deixo, se me permite, a sugestão de ler o livro de Números, que é o que neste momento estou a ler. No capítulo 22 um jumento fala. Para mim é literal, para o Miguel provavelmente folclore hebraico.
Mas há que levar a sério…….
Cumprimentos,
Manuel Rodrigues
Caro Manuel,
“Não lestes que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea?” (Mateus 19:4, 5) Pode explicar como se pode levar “a sério” esta afirmação de Jesus?
Entender que o ser humano, mais do que ser racional, é relacional e feito dom-de-si em relação a um outro diferente de si. Sendo imago Dei, a afirmação de Jesus confirma o facto de sermos imagem da comunhão da Santíssima Trindade. E tenho consciência que o que disse é muito pouco para a profundidade daquilo que a frase de Jesus explica realmente. Ou seja, é uma frase cuja profundidade vai para além do mero e efémero literalismo de associar “macho e fêmea” a um casal da narrativa mítica dos génesis cujos nomes eram “Adão e Eva”.
que posição fica o Miguel, “lamarckiana” ou “darwinista”?
É uma notícia muito interessante, por isso, obrigado pela referência. A minha perspectiva não é “lamarckiana”, nem “darwinista”, é mais “ecológica” como chave hermenêutica de leitura da evolução. Não devemos absolutizar a teoria da evolução por selecção natural de Darwin, mas mantê-la aberta a melhoramentos e modificações, incluindo os contributos que a perspectiva “lamarckiana” suscita. Vejamos quem seguirá a sugestão do investigador chileno …
Há muito que dizer sobre este assunto, criação ou evolução.
Pensamos de maneira diferente, para mim é criação E evolução.
Pessoalmente já vi um oleiro a moldar o barro, não o acaso, há trabalho de artista.
Um Darwinista dir-lhe-ia que a selecção natural é esse artista. Como lhe responderia?
é necessário que o Miguel explique melhor a relação que esses textos têm com a teoria evolucionista.
Se o fizesse da forma como o Manuel espera que eu faça (segundo um modelo confluente) caia no mesmo erro que o Manuel: uma interpretação literal. A ciência explica a inteligibilidade da realidade material, a fé dirige-se às realidades últimas como porque é a realidade sequer inteligível.
Eclesiastes é claro quanto à noção de contingência no mundo, algo reconhecido por S. Tomás como “sem ela, o mundo é teologicamente inconcebível”. Deus num mundo sem contingência seria um demiurgo manipulador dos acontecimentos.
Provérbios 30:5,6
Boa sugestão. Não queiramos ver ciência na Bíblia porque não é disso que ela fala.
O Manuel disse Rom 8:19 diz que os filhos de Deus estão ansiosos pela vinda de Cristo. Primeiro, não são os filhos de Deus é toda a criação, não é a vinda de Cristo o contexto dessa frase, mas a revelação dos filhos de Deus, ou seja, nós e nosso “dever ser”.
Nm 22:28-30
Se fosse comum um jumento falar compreenderia o retorquir de Balaão, mas não creio que fosse comum. Se fizer uma interpretação literal pergunto-me: como não se espantou Balaão ao ver um jumento falar? Para mim, o que está escrito não é folclore hebraico, mas deve procurar-se o significado profundo dessa palavra. Não me espanta que Balaão conhecesse bem a voz da jumenta consoante as situações sem que ela pronunciasse palavras humanas e que o autor do texto tenha escrito essas palavras como interpretação teológica de um testemunho.
Manuel, eu não levo a Palavra de Deus literalmente, mas a sério. Temos isso em comum, mas respeito que sério para si seja literalmente. Só não gostaria que fosse ridicularizado pelas interpretações literais que faz, seria um anti-testemunho e diminuiria o valor que tem para ambos a Sagrada Escritura.
Cordiais saudações,
Miguel Panão
Boa noite,
“Só não gostaria que fosse ridicularizado pelas interpretações literais que faz, seria um anti-testemunho e diminuiria o valor que tem para ambos a Sagrada Escritura.”
Os fariseus se irritaram ao verem que um dentre suas próprias fileiras defender Jesus. “Será que tu também és da Galiléia?”, perguntam mordazmente e ridicularizando. “Pesquisa e vê que nenhum profeta há de ser levantado da Galiléia.”
Naturalmente, não existem duas situações idênticas.
Circunstâncias diferentes pedem reacções diferentes. Porém, quando um cristão é provocado por um comentário maldoso, nunca é apropriado ‘retribuir mal por mal’. (Romanos 12:17-21)
Harmonizar vida com os propósitos de Deus é vital para futuro, uma vez que com Ele está “a fonte da vida”. (Salmo 36:9) Assim, não os cristãos não se deixam enlaçar por filosofias opostas à realidade ou com medo de serem ridicularizados. Romanos 1:25 menciona “os que trocaram a verdade de Deus pela mentira, e veneraram e prestaram serviço sagrado antes à criação do que Àquele que criou”. A teoria da evolução é oposta à realidade, sim, é efectivamente uma “mentira”. Trocar os factos sobre o Deus da Criação por tal “mentira” é, segundo Romanos 1:20, ‘inescusável’, em vista da evidência.
Não fico surpreso de a teoria da evolução gozar de tão ampla divulgação nos tempos modernos, apesar da evidência contrária.
Quem acata as normas da Bíblia pode ser ridicularizado por negar-se a fazer o que todo o mundo faz, e alguns cristãos talvez achem que seria mais fácil ceder.
Contudo, agradeço a sua preocupação, mas recordo-lhe que no blogue Ktreta, com a sua filosofia “simpática” foi alvo de ridicularização. Foi anti-testemunho e desvalorizou as Escrituras Sagradas?
Quem saberá…só Deus o dirá..
Atenciosamente,
Manuel Rodrigues
Caro Manuel,
repare, para si todo o Cristão deve ser criacionista e a sua interpretação das escrituras é a correcta. Qualquer outra, afirma categoricamente como errada. Essa postura é igual à dos ateus materialistas, para os quais a evolução é uma realidade oposta à criação e, por isso, todo aquele que nela acredita deveria ser ateu.
Em suma, a sua postura está ao mesmo nível das dos ateus por verem um conflito entre fé e ciência. É lamentável.
A teoria da evolução é oposta à realidade, sim, é efectivamente uma “mentira”. (…) Não fico surpreso de a teoria da evolução gozar de tão ampla divulgação nos tempos modernos, apesar da evidência contrária.
Se é mentira, diga-me lá qual a evidência a ela contrária?
Quem acata as normas da Bíblia pode ser ridicularizado por negar-se a fazer o que todo o mundo faz, e alguns cristãos talvez achem que seria mais fácil ceder.
Não Manuel. A Bíblia não é um conjunto de normas, nem um tratado científico. O Manuel ainda não se apercebeu que a interpretação literal que faz diminui o valor e profundidade do texto sagrado. Pense nisso …
no blogue Ktreta, com a sua filosofia “simpática” foi alvo de ridicularização. Foi anti-testemunho e desvalorizou as Escrituras Sagradas?
Obrigado pela sua preocupação, mas a forma como os intervenientes no blog ktreta tiveram de discutir comigo, sem argumentação, foi ridicularizar. É uma técnica comum para quem não tem argumentos, nem sabe fundamentá-los. Não estou a dizer com isto que é o seu caso relativamente ao nosso diálogo. Muito pelo contrário, como pode imaginar, é o único que dialoga comigo no meu blog. Isso para mim significa que se interessa pelo que escrevo e o meu retorquir reflecte também o interesse que tenho pelo que o Manuel comenta 🙂
Cordiais saudações,
Miguel Panão
Boas,
Em primeiro lugar quero elogiá-lo pelo modo como argumenta e argumentou no blog ktreta , por manter a serenidade perante provocações. Em segundo, o meu interessante demonstrado no seu blog, é verificar o esforço, seu e de outros, em encontrar uma solução com fim de compatibilizar duas realidades “aparentemente “ distintas.
“para si todo o Cristão deve ser criacionista”
Errado. Ser cristão é seguir Cristo. Já o disse e repito, a bíblia não defende a teoria do criacionismo. O Miguel confunde Criacionismo com Design Inteligente, são “coisas” bem diferentes. As passagens bíblicas relativamente á origem da humanidade não são alegóricas ou míticas, são reais. Nos tempos bíblicos já existia homens crentes numa entidade superior que fortemente enfatizavam a liberdade individual em que a fé é cultivada individualmente a partir da sua sensibilidade. Jesus mostra quão longe está esta filosofia de Deus. Hoje continua a existir.
“…e a sua interpretação das escrituras é a correcta. Qualquer outra, afirma categoricamente como errada.”
É um tema aliciante. Mas já várias vezes lhe mostrei que a interpretação correcta não parte de homens mas sim de Deus. Deus é real, não é o Apolo ou o Thor. Esses sim, personagens mitológicos. Já lhe referi várias vezes as palavras de Jesus registadas em Mateus 7:7. Não me leve mal de lhe perguntar, mas o seu Deus é mudo? Quem sabe se o Manuel não é um mensageiro… (não confundir com profeta)
“Essa postura é igual à dos ateus materialistas… ao mesmo nível das dos ateus por verem um conflito entre fé e ciência.”
Nada disso. A afirmação que diz não faz sentido. A reinterpretação que faz da narrativa bíblica por dar espaço às teorias evolucionárias é de alguma forma prejudicar à credibilidade dos cristãos e o respeito pela autoridade divina. É isto que acontece no quotidiano, no lidar com as pessoas. Se tem dúvidas tente mostrar as duas visões da bíblia, e escute o que dizem. Digo pela experiência no campo, não pela experiencia académica. Verifique o impacto das suas teses, e diga-me (sem teorias) os resultados, que eu direi da experiência vivenciada que tenho de “multidões” que seguem Cristo e que a Bíblia é a Palavra de Deus, dada a nós pelo Criador do universo, e a Sua descrição de como Ele criou o mundo não é compatível com a teoria da evolução. Tentar combinar os dois é como tentar combinar água e óleo – não se misturam!
Não lamente Miguel, porque os resultados práticos da aplicação dos conselhos de Deus resulta numa paz interior, em encontrar verdadeira felicidade, fazer verdadeiros amigos, esperança no futuro e desenvolver genuíno amor por Deus e ao próximo. Não lamente, sou feliz no Deus vivo. Estou grato a Deus.
“Se é mentira, diga-me lá qual a evidência a ela contrária?”
Terá que ler outros livros, outros autores, abrir um pouco mais a sua perspectiva. Custa-me acreditar que tenha uma visão redutora sobre a investigação nessa área. Acredita mesmo que todos os cientistas consideram a evolução a melhor explicação para a origem do homem? Olhe que não… não querendo desiludir, mas há por ai muito boa gente com outras teorias que descartam Darwin. Imagine que a teoria era confirmada uma fraude pela grande maioria dos cientistas. Tinha de refazer de novo a sua teoria. Mais ajustes
“Não Manuel. A Bíblia não é um conjunto de normas,”
Não, não se resume a isso. Seu objectivo principal é revelar a vontade de Deus para a humanidade. A Bíblia continua a ser prática enquanto muitos outros livros se tornaram antiquados são que ela contém, não a palavra de homens, mas “a palavra de Deus”. Mas tem normas também. Dou-lhe uma norma com respeito à promiscuidade, a Bíblia ordena: “Fugi da fornicação.” (1 Coríntios 6:18) Já sei, vai dizer que estou a fazer interpretação literal.
nem um tratado científico.
Estamos de acordo neste ponto.
“Pense nisso …”
Sim, penso, em quão grato estou em esforçar-me a seguir as normas e os princípios delineados por Deus.
E já fiz esse convite a si.
Atenciosamente,
Manuel Rodrigues
Caro Manuel,
Quando afirma,
As passagens bíblicas relativamente á origem da humanidade não são alegóricas ou míticas, são reais.
questiono-me se por “real” entende que exprimem verdades relativas a questões últimas, ou que exprime literalmente aquilo que terá acontecido e como. Pelo que tenho lido dos seus comentários parece-me que a leitura da sua frase vai no segundo sentido, ou seja, no sentido de uma interpretação literal da Sagrada Escritura. Isso é chamado de “criacionismo”, mas quando diz:
O Miguel confunde Criacionismo com Design Inteligente, são “coisas” bem diferentes.
fiquei a pensar se o Manuel partilha antes as ideias lançadas pelo movimento de Design Inteligente que é, segundo muitos autores, uma forma de criacionismo. Podia esclarecer-me a sua posição?
Deus é real, não é o Apolo ou o Thor. (…) Não me leve mal de lhe perguntar, mas o seu Deus é mudo?
O nosso Deus não é mudo, mas quem de nós é surdo? Ou seremos os dois? …
A reinterpretação que faz da narrativa bíblica por dar espaço às teorias evolucionárias é de alguma forma prejudicar à credibilidade dos cristãos e o respeito pela autoridade divina.
Porquê?
a Bíblia é a Palavra de Deus, dada a nós pelo Criador do universo, e a Sua descrição de como Ele criou o mundo não é compatível com a teoria da evolução.
É a sua opinião. Pode não ser o único a tê-la, mas existem outras, como a Católica partilhada por milhões.
Tentar combinar os dois é como tentar combinar água e óleo – não se misturam!
E assim demonstra como a postura é igual à dos ateus materialistas que pensam da mesma forma, mas do ponto de vista inverso.
Olhe que não… não querendo desiludir, mas há por ai muito boa gente com outras teorias que descartam Darwin.
Podia dar-me referências?
Quanto ao exemplo da fornicação, concordo consigo, mas não como contraposto ao meu comentário, uma vez que essa é abordada num contexto moral.
Não pense que Deus não está presente na minha vida, porque está, mas o meu esforço é diferente do seu, neste sentido, não é principalmente normas ou princípios, mas algo – parece-me – um pouco mais simples. O meu esforço é ser-amor amando na mesma medida com que Jesus nos amou.
Cordiais saudações,
Miguel Panão