Sem dor não nos tornaremos insensíveis?
Sem sofrimento não nos tornaremos mimados?
Sem morte poderá haver criatividade na vida?
Se a dor nos torna sensíveis,
Se o sofrimento nos torna maduros,
Se a morte nos dá um novo olhar sobre a vida,
o que é, efectivamente, um mal natural?
É poder ajudar e preferir ferir…
É poder acalmar e preferir infligir…
É poder salvar e preferir matar…
É saber a verdade e preferir enganar…
É saber e omitir…
É dizer que se é e não poder demonstrar que se é…
É “colocar um jugo suave” para dominar…
É dizer que se dá só para poder tirar…
Obrigado anónimo pela reflexão sobre o mal moral …
O mal moral também faz parte da natureza…
Se quer apenas o mal das catástrofes da natureza…
imagine que fica soterrado durante 7 dias sem se poder mexer, com dificuldades a respirar, sem comer e sem beber.
imagine que todos os seus conhecidos ficam desaparecidos e como mais ninguém os conhece ficam como tantas almas, oblívias…
Imagine que tem o projecto para a energia livre e gratuita para todos e morre… será criatividade ou perda? Seria a prova de Fermat mais bonita e simples?
Mas uma coisa é verdade, para os que sobrevivem e mantêm o Status quo não há mal natural…
Cumprimentos,
Caro anónimo,
queres com isso dizer que o mal natural é, essencialmente, um mal para nós, seres humanos?
Claro que não.
O mesmo se passa se um animal, por exemplo, um cão, ficar soterrado, afogado…
O fim do valor mais alto, a vida do ser em particular.
No entanto a natureza continua, com ou sem seres humanos, com ou sem este planeta…
Afinal a única memória de que um dia fomos, será o lixo que enviamos para o espaço…
Sondas com a descrição do ser humano na sua forma mais essencial.
Caro Anónimo,
compreendo que penses aquilo que te parece ser a “única memória” que de nós fica, mas eu penso que não será a única, ou que manifestámos ainda toda a nossa humanidade. Assento mais a visão do ser humano naquilo que “deve ser” com base no que foi, e é, que apenas naquilo que foi, ou é, e não deve ser.
Abraço
Fica na conjectura de algo que não se manifesta… mas é possível…
No entanto é uma certeza, o Sol não estável tem um tempo de vida…
Falta conhecer melhor o nosso planeta… ainda não temos história de uma inversão polar… ainda não temos modelos para os sismos… ainda falta muito conhecimento…
Ou será que temos a estória de algo que não perceberam e foi uma inversão polar? Apocalipse…
Acho que o maior Apocalipse da actualidade é o de nos fecharmos sobre nós mesmos, sabendo que o nosso “dever ser” é outro. Mas é apenas um pensamento …
O papel não queima?
A pedra não funde?
O computador não derrete?
Afinal que memória sobra?
Caro Miguel,
Qual é o nosso “dever ser”?
Pode ser mais explicito?
Cumprimentos,
Caro Anónimo,
seremos apenas matéria? Pergunto porque gostaria de lhe responder da melhor maneira que me for possível.
Caro Miguel,
E=M*C*C
Somos matéria e eneriga ao mesmo tempo…
Olá Miguel, segui o teu diálogo com o Krippahl no ktreta e gostaria de deixar aqui um abraço, subscrevendo integralmente a porção de ideias que ali exprimiste. Sendo licenciado em Física, sou tb veementemente teísta, considerando bastante pueris todos os argumentos e intervenções neo-ateístas. Acresce que julgo poder afirmar, por maioria de razão acumulada ao longo da minha experiência de vida, que Deus existe ou pelo menos que certos indivíduos da espécie humana possuem a faculdade de comungar de informação não-local, não-temporal, e de a interpretar racionalmente em prol dos seus desígnios. Isto não é tão marado quanto pode parecer… 🙂
Caro FSM,
obrigado pelo teu comentário, reflexão e ânimo 🙂
Abraço
Caro Miguel,
sinceramente gostaria de ler a sua reposta da melhor maneira que lhe for possível…
Cumprimentos,
Caro Anónimo,
havendo uma equivalência entre matéria e energia, se te pergunto “seremos apenas matéria?” é equivalente a perguntar “seremos apenas uma relação entre matéria e energia?”
Do ponto de vista de reflexão de antropologia filosófica que tenho procurado aprofundar, nós somos mais relacionais que racionais, por isso, afirmar que somos “relação entre matéria e energia” vai de encontro ao que penso também, isto é, que somos-relação. Porém, eu penso que a “relação entre matéria e energia” não esgota o que somos quando afirmamos existir.
Abraço