Li hoje uma pequena notícia no ZENIT sobre a resposta pronta e solidária que a Santa Sé emitiu por ocasião do ato terrorista na Líbia que vitimizou diversos americanos, entre eles o embaixador. Se bem entendi, este ato resultou da ofensa sentida por alguns muçulmanos em relação a um filme caricaturizado de Maomé. Muitos neo-ateus consideram este como um exemplo a apontar que justifica como a religião é má para a Humanidade. Se o pensam, estão equivocados.
Não foi a religião que praticou o ato terrorista, nem sequer se tratou de ato religioso. O ato foi realizado por pessoas que, seguramente, por estarem mal formadas em religião, não foram capazes de discernir os seus atos. Isto apenas evidencia como é importante a educação, incluindo a educação religiosa que não se deve remeter somente para o foro privado, mas sim que pode ser um bem público. Porém, nem todos partilham da mesma religião. É aí que entra a ciência da religião. Uma disciplina que podia (e devia) ser ensinada nas escolas. Mais ainda, penso que também a teologia se enquadra aqui. Pois, se queremos que fé e ciência dialoguem, e que esse diálogo seja frutífero, não podemos educar as crianças apenas em ciência, hoje, mais do nunca, importa educá-las em teologia e ciências da religião.