Segue a tradução de um artigo muito interessante de Joe Carter “When Nothing Created Everything”, uma sugestão de conto dos materialistas ateus para as crianças sobre a criação no mundo, com base nas suas convicções …
«Ao longo da história, as pessoas têm-se impressionado e emocionado com o recontar da história da criação na sua cultura.
Os Astecas contariam aquele relato da Senhora da Saia das Cobras, os Fenícios sobre o Zophashamin, e os judeus e cristãos sobre o verdadeiro Deus – Javé. Mas existe um grupo infeliz, dos filhos de materialistas ateus, que não tem nenhum mito da criação para chamar de seu. Quando uma criancinha curiosa pergunta quem criou o sol, os animais e a humanidade, os seus pais materialistas só podem dizer-lhes para ler um livro de Carl Sagan ou de Richard Dawkins.
Mas que tipo de história irão encontrar? Deve-lhes ser contado, tal como o famoso astrofísico Stephen Hawking afirma no seu recente livro, The Grand Design, que «o universo criou-se a si mesmo a partir do nada»?
Uma vez que a explicação de Hawking é um pouco monótona e não é especificamente para leitura antes de dormir, decidi tomar os elementos do materialismo e moldá-los numa aparentemente precisa, embora mítica, narrativa. Isto é o que a nossa cultura tem sentido a falta desde há muito tempo – uma história da criação para jovens materialistas ateus.
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No princípio havia o Nada, e o Nada criou Tudo. Quando o Nada resolveu criar o Tudo, preencheu um pontinho com o Tempo, o Acaso, e o Tudo, e expandiu-o. A expansão espalhou o Tudo em Toda-a-Parte, levando o Tempo e o Acaso com ele para mantê-lo acompanhado. Os três esticaram-se juntos deixando pedaços de si mesmos onde quer que fossem. Um desses lugares foi o planeta Terra.
Por Razão nenhuma em particular – pois a Razão é raramente particular – o Tempo e o Acaso afeiçoaram-se a esta pequena, húmida, rocha azul e decidiram ficar por aqui para ver que aventuras poderiam ter. Enquanto a dupla encontrou uma Terra intrigante e bonita, acharam-na também um pouco silenciosa demais, muito estática. Fixaram-se na ideia de mudar o Tudo (só um pouco), criando um Algo especial. O Tempo e o Acaso povoaram o planeta, espalhando pelos oceanos e chapinhando na lama, em busca de materiais. Mas, embora tivessem procurado em Toda-a-Parte, havia um ingrediente que faltava e que precisavam para fazerem um Algo que pudesse criar mais dos mesmos Algos.
Chamaram o seu amigo Tudo para ajudar. Uma vez que Tudo havia estado em Toda-a-Parte, sem dúvida que seria capaz de encontrar o ingrediente que faltava. E realmente encontrou. Escondido numa pequena alcova chamada Algum-Lado, Tudo encontrou o que o Tempo e o Acaso precisavam durante todo este tempo: Informação. Tudo colocou a Informação sobre um pedaço de gelo e rocha que ocorreu passar pelo ex-planeta Plutão e enviou-as de volta para os seus amigos na Terra.
Agora que eles tinham a Informação, o Tempo e o Acaso puderam finalmente criar um Algo auto-replicante a que chamaram de Vida. Uma vez que criaram a Vida, descobriram que não só cresceu em mais Algos, mas começou a tornar-se Outros-Algos, também! Os Algos e o os Outros-Algos começaram a encher a Terra a partir do fundo dos oceanos até ao cimo do céu. A sua criação, que começou como um só Algo, acabou por se tornar em milhões e milhares de milhões de Outros-Algos.
O Tempo e o Acaso, porém, estavam constantemente a discutir sobre qual deles era o mais poderoso. Um dia começaram a discutir sobre qual deles teria sido o maior responsável por criar a Vida. Tudo (que estava sempre à escuta) ouviu a discussão e sugeriu que eles se resolvessem, colocando as suas capacidades criativas a trabalhar numa nova criatura chamada Homem. Todos pensaram que era uma esplêndida plano – pois o Homem era uma besta bronca e cabeluda que constituiria, efectivamente, um desafio adequado – e começaram a gabar-se sobre quem poderia criar uma habilidade, que chamaram de Consciência, que permitiria ao Homem ter consciência do Acaso, Tempo, Tudo e Nada.
O Acaso, sempre um pouco preguiçoso, teve um início lento, assim, o Tempo, que nunca descansou, completou a tarefa primeiro. O Tempo correu ao redor, enchendo a matéria pegajosa dentro da cabeça de cada Homem com a Consciência. Mas enquanto ele se exultava da sua vitória, notou uma reacção estranha. Quando o Homem viu que Tudo tinha sido criado pelo Tempo, Acaso, e Nada, a sua Consciência encheu-se de Desespero.
O Acaso viu imediatamente uma solução para o problema e tomou os restantes materiais que estava a usar para fazer a Consciência para criar as Crenças. Quando o Acaso misturou as Crenças com a substância cinzenta pegajosa, o Homem parou de se encher de Desespero e começou a criar Ilusões. Essas Ilusões tomaram variadas formas – Deus, Propósito, Significado – e eram quase sempre eficazes em evitar que o Homem se enchesse de Desespero.
O Nada, que tendia a ser um pouco esquecido, lembrou-se da sua criação e decidiu dar uma olhada em redor do Tudo. Quando viu o que Tempo e Acaso tinham feito no planeta Terra, ficou levemente agradada, mas proibiu-os de encher qualquer outra criatura com Consciência ou Crenças (razão pela qual o Homem é o único Algo que tem as duas). Mas o Nada engraçou com o Homem e disse ao Tempo e ao Acaso que ao terminar a Vida de cada Homem, o (a) levaria e os transformaria em Nada também.
E é por isso, crianças, que quando o Homem perde a sua Vida, ele deixa de ser Algo criado pelo Tempo e o Acaso para se tornar como o seu criador – Nada.»
Pois é …
de acordo com a criatividade de Joe Carter, acho que teria de ser algo assim … pergunto-me, o que pensaria a criança depois de ouvir esta história …
Não será mais:
Mas que tipo de estória irão encontrar?
Boas festas, de 21 às 23:38 novo ciclo se inicia…
Cumprimentos,
Caro Anónimo,
por experiência própria, para uma criança essa opção não dá …
Abraço