O filósofo Massimo Cacciari fala sobre o relacionamento entre crentes e não-crentes em Chiara Lubich. Como está em italiano, abaixo encontra-se a tradução.
“Como se pode definir o relacionamento entre crente e não-crente em Chiara Lubich. O não-crente vive continuamente no crente e o crente vive continuamente no não-crente. Se é um não-crente que pensa é um não-crente que procura. E procura as coisas últimas. Isto é, depois chamamos-lhe Deus … procura-o. Não é “a-teu”. Não é “sem” Deus. Não atingiu Deus. Talvez não atinja nunca. Mas não é “sem” Deus.
E assim o crente, não é um crente pacífico, sereno, sedentário, sentado, que possui a verdade. Constantemente procura-a, também ele, cada manhã, deve reconquistar a sua fé. E, portanto, aquilo que une potentemente crente e não-crente, na sua distância, na sua diferença, é a própria procura. É a própria dúvida. Somente se agimos e pensamos sob este ponto de vista podemos, verdadeiramente, estar imunes de qualquer integralismo. Portanto as consequências éticas e sociais deste pensamento podem ser formidáveis. E retenho que seja o único a poder fundar uma efectiva sociedade multicultural, um pluralismo efectivo e um efectivo diálogo ecuménico.”
Desde já mostramos o nosso agrado em ter comentado o nosso post. Quanto ao filme, bem, nós por motivos técnicos não o chegamos a passar no local previsto mas vimos e desde já denotamos a grande disparidade existente nele, a crença ultrapassa os limites e a actriz passa por centenas de dilemas abalando a religião que comungava desde pequena. Muitos filmes hoje em dia fazem face a esta potêncialidade de fazer diminuir a crença nos Homens. Mas este é um tema sob o qual nos tem levado a muitas contorvências a nivel de material e questões sobretudo religiosas. Foi este mesmo propósito que nos levou a querer passar este filme.
Parabéns pela vossa iniciativa e continuem a aprofundar esta área de interacção entre ciência e religião. Fazendo-o, tornam-se pioneiros no panorama português.>>Obrigado pelo vosso comentário.
Talvez o Miguel seja a pessoa que o Prof. Paulo Ferrão do IST uma vez me referiu como sendo (ou tendo sido) seu aluno, brincando com o facto de sermos primos. Vi o seu nome referenciado no “Que Treta!”, vim espreitar e deixo aqui os meus votos de sucesso.>>Ana Sofia Panão
Cara Ana,>>é verdade, sou eu mesmo. Fui aluno de licenciatura do Prof. Paulo Ferrão, neste momento sou investigador de pós-doutoramento no Centro que ele dirige, o IN+. Se quiseres, e souberes onde é, podes passar por lá 🙂 …prima
Belíssimo blogue, Miguel Panão. Parabéns.