O filósofo Massimo Cacciari fala sobre o relacionamento entre crentes e não-crentes em Chiara Lubich. Como está em italiano, abaixo encontra-se a tradução.

“Como se pode definir o relacionamento entre crente e não-crente em Chiara Lubich. O não-crente vive continuamente no crente e o crente vive continuamente no não-crente. Se é um não-crente que pensa é um não-crente que procura. E procura as coisas últimas. Isto é, depois chamamos-lhe Deus … procura-o. Não é “a-teu”. Não é “sem” Deus. Não atingiu Deus. Talvez não atinja nunca. Mas não é “sem” Deus. 

E assim o crente, não é um crente pacífico, sereno, sedentário, sentado, que possui a verdade. Constantemente procura-a, também ele, cada manhã, deve reconquistar a sua fé. E, portanto, aquilo que une potentemente crente e não-crente, na sua distância, na sua diferença, é a própria procura. É a própria dúvida. Somente se agimos e pensamos sob este ponto de vista podemos, verdadeiramente, estar imunes de qualquer integralismo. Portanto as consequências éticas e sociais deste pensamento podem ser formidáveis. E retenho que seja o único a poder fundar uma efectiva sociedade multicultural, um pluralismo efectivo e um efectivo diálogo ecuménico.”