Deus não existe. Deus é a existência em si mesma. É Aquele que dá sentido e significado a tudo o que existe, logo, afirmar se existe ou não é desadequado.

“Falar” de Deus é sempre complicado porque temos de usar palavras e essas são limitadas. Usar palavras para falar de Deus constringe sempre o sentido e significado que Deus tem para quem crê e para quem não crê em Deus.

Podemos argumentar cosmologicamente, teleologicamente, filosoficamente, ontologicamente … a favor ou contra a existência de Deus, mas se “Deus é existência”, Deus simplesmente “é”, logo, questionar se existe ou não existe, qualquer que seja o tipo de argumento, pode tornar-se redundante.

Se Deus é, importa mais se tenho ou não um relacionamento com Ele. Assim, neste modo de pensar, afirmar que Deus existe está tão desadequado como afirmar que não existe, pois, faz sentido questionar se “a existência existe”?

Em rigor, a afirmação deveria ser “tenho um relacionamento com Deus” ou “não tenho um relacionamento com Deus”, e isto deveria gerar todo um outro discurso num diálogo entre ciência e fé, pois, quem não tem um relacionamento com Deus, tem um relacionamento com o que existe, e se Deus como “existência” dá sentido e significado a tudo o que existe, a forma como nos relacionamos com o que existe pode definir a forma como nos relacionamos com a existência, ou seja, com Deus.