Partilho-vos uma resposta simples e profunda.
«… não é o método científico em si mesmo, mas a crença no ilimitado âmbito explanatório [1] da ciência que contradiz o Cristianismo e as outras religiões»
(John F. Haught, “Christianity and Science”, Orbis Books, 2007)
[1] A expressão anteriormente como “propósito explanatório ilimitado” veio da tradução de “unlimited explanatory scope”, em que “scope” seria mais correctamente traduzido por “âmbito”, daí a alteração (agradeço ao Ludwig a sugestão).
Não é a ciência que contradiz o cristianismo. A ciência verifica que o Cristianismo se contradiz a si próprio e/ou a natureza racionalizada pelo método científico.
Exemplo clássico: Galileo Galilei.
2.º exemplo: o discurso do papa na década de 1930 e o discurso do papa hoje.
3.º exemplo: “em nome de deus” Sendo assumidamente incognoscível, um vigário sem prova de representação o que é? “Eu te baptizo em nome Deus”.
Caro Amigo,
pois não. Mas também não percebo como verifica a ciência que o Cristianismo se contradiz a si próprio e em quê. Há seriedade na tua afirmação ou será mera demagogia?
Abraço …
Para ficar mais claro:
A ciência verifica que o Cristianismo se contradiz a si próprio e/ou a ciência verifica que o Cristianismo contradiz a própria Natureza, racionalizada pelo método científico.
Caro Amigo,
não é nada claro o que afirmas.
Galilei não é exemplo clássico em relação ao Cristianismo, mas à teologia Cristã da época.
A diferença de discursos não evidência contradições no Cristianismo, mas na forma como se lê a realidade à luz do conhecimento em cada época.
Não percebo a ligação entre o “em nome de Deus” e a aparente contradição entre ciência e Cristianismo.
Como verifica a ciência que o Cristianismo se contradiz a si próprio? A que contradições se refere? Ou antes, o que contradiz o quê? O que queres dizer com “o Cristianismo contradiz a própria Natureza“.
O teu comentário poderia ser muito mais claro e agradeço se tiveres oportunidade de me esclarecer. Por fim, o teu comentário apenas justifica o que Haught afirma, isto é que a contradição ocorre quando se crê no “no propósito explanatório ilimitado da ciência” …
Miguel Panão,
O que é isso do “propoósito ilimitado”?
Pois, Ludwig … pode ser da tradução … no original está “unlimited explanatory scope”. Estou aberto a uma sugestão melhor.
Oh Miguel, enquanto te esconderes em frases do tipo: “Galilei não é exemplo clássico em relação ao Cristianismo, mas à teologia Cristã da época.” não possível debater de forma séria.
A ciência verificou que era mais simples descrever o sistema solar com o Sol no centro e não a Terra. Para o Cristianismo era blasfémia dizer que o homem não é o centro do Universo.
A religião anda a reboque das descobertas da Ciência. E os cientistas não são obrigados a seguir uma religião que os limita.
Da minha parte, não me ajoelho a padre nenhum!
Defina o que é Cristianismo…
Caro Amigo …
então distinguir religião de teologia não é forma séria de debater?
Para o Cristianismo não é blasfémia dizer que o Homem não é o centro do universo. Se foi numa época a culpa não é da verdade que dá origem à religião, mas daqueles que se fecham na própria religião. No Cristianismo isso foi e será sempre motivo de contradição e anti-testemunho.
Não sei porque anda a religião a reboque da Ciência e não me sinto – como cientista – limitado pelo facto de ter uma experiência religiosa.
Também não me ajoelho a padre nenhum, nem nenhum padre se ajoelha perante mim, mas não tenho qualquer problema de me ajoelhar, ou o padre (for that matter) perante Deus.
Cristianismo é dizer com S. Paulo, “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim …”
Eu traduziria scope como âmbito e não como propósito (este é um falso amigo, porque nós usamos escopo, ou mira, que também é scope, como objectivo, mas em Inglês o scope é o âmbito)
Caro Miguel,
Muito obrigado por concordar comigo, já que o Miguel disse:«No Cristianismo isso foi e será sempre motivo de contradição e anti-testemunho. » e eu disse: «A ciência verifica que o Cristianismo se contradiz a si próprio».
A razão é simples, ninguém sabe o que é “Cristo” nem o papa que diz uma coisa em 1930 e outra hoje. “Cristo” não é um problema de método científico, é um problema de história ou das estórias associadas.
1.ª questão: Cristo foi uma pessoa?
Tentativa de resposta: Jesus Cristo é uma personagem mítica, com importância histórica. Dizem os cristãos na igreja: “bendito seja o nome de Jesus”… É uma expressão no mínimo estranha. O “nome de Jesus” e não “Jesus”?
Olhando para o nome YESHUA é um nome polémico porque na sua origem poderá querer dizer simplesmente, “Deus é salvação”. E que na altura de Calígula, alguém com muito poder andou na Galileia, a dizer “Deus é salvação” com grande impacto nos locais. Curiosamente Calígula considerou-se Deus em vida… Os Islâmicos apenas consideram Jesus como o VERBO da verdade e não como um homem…
Cristianismo é dizer com S. Paulo, “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim …”
Dizer isso é o mesmo que dizer que uma criança gostava de ser o Cristiano Ronaldo e por isso coloca um brinco na orelha… não é por isso que vai ter o mesmo impacto nas meninas…
Com essa definição de Cristianismo a Ciência nada afirma, é uma opção da pessoa. O único que a ciência pode verificar é: se a pessoa, por pensar que Cristo vive nela, é capaz de realizar milagres…
O Miguel faz milagres?
Cumprimentos,
«Cristianismo é dizer com S. Paulo, “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim …”»
Pode ser perigoso para o próprio e para a sociedade e como tal do âmbito da psiquitria. Uma pessoa pensar que é outra e pensar que tem a missão da outra pessoa pode resultar em síndrome de Anders Behring Breivik.
O melhor será falar com um psiquiatra… e se houver lugar em hospitais psiquiátricos considerar a hipótese de internamento…
Os próprios padres afirmam que quando entram para a igreja tem a liberdade de serem mais “eu” próprios e como tal, mais livres. Pensar que é Cristo que vive neles seria a anulação do “eu” e como tal perigosamente imoral, porque retira o controlo moral do “eu”.
Na dúvida é melhor chamar o padre para fazer um exorcismo… 😉
Caro Amigo,
uma pessoa que se fecha na própria religião é motivo de contradição e anti-testemunho (porque isso nada tem a ver com Cristianismo), logo, quanto muito a ciência ajuda o Cristão a viver melhor o seu Cristianismo porque esse exige uma mente aberta à novidade e à surpresa. Assim, quanto muito poderias afirmar que “a ciência impede que o Cristianismo se contradiga a si próprio”.
Quanto a Cristo, creio que a leitura dos livros do Papa sobre Jesus de Nazaré seria esclarecedor porque até um não-Cristão sabe – hoje em dia – que Jesus não é uma personagem mítica. É básico.
Em relação ao “nome de Jesus” importa ter presente que o sentido e significado de um nome nesse tempo é diferente do nosso tempo …
Uma coisa é uma criança dizer que gostava de ser o Cristiano Ronaldo, mas não é, outra é ser Cristo e sê-lo mesmo! Mas isso deveria levantar a questão o que é “ser Cristo”, não é? A relação disso com Anders é no mínimo falacioso porque o facto de uma pessoa dizer-se Cristão não quer dizer que o seja, assim como uma pessoa dizer-se ateu não quer dizer que o seja. Aquilo que fazemos indicia aquilo que somos e Anders não é, nem foi o Cristão que dizia ser. Há que ter misericórdia por essas pessoas e tratá-las com medicina adequada.
Ainda, anular o “eu” não é mau ou perigosamente imoral. Muito pelo contrário, o “eu” anulado em Cristo consiste na descoberta do “eu” autêntico, ou pelo menos é essa a experiência Cristã. Mas isso daria um comentário excessivamente longo.
Por fim, se faço milagres? Claro!?! Tenho 3 em casa e são todos lindos … mas isso depende muito daquilo que consideramos por milagre, certo?
Abraço
Sou ateu e também tenho dois em casa, um macho e uma fêmea, lindíssimos mas não fiz milagres, nem a mãe. Fizemos apenas coisas naturais.
Caro Abraão,
certamente que os vossos dois serão mais do que “coisas” naturais 🙂
A questão é: porque não há-de ser um milagre uma coisa natural? Porque havemos de manter uma visão insustentável de que um milagre viola as leis da natureza? Será racional que Deus se tenha enganado (e por isso suspenda leis que se consideram ter sido por Ele criadas), a seu belo prazer? Que sentido haverá em quebrar a autonomia da criação?
Se pesquisares neste blog por milagre encontrarás alguns pontos de vista que partilho sobre esse assunto. Estou cada vez mais convicto que os milagres estão à vista e ocorrem todos os dias porque acredito num Deus em íntima relação com a Sua criação, de tal modo que age nessa sem ser de forma intervencionista.
Abraço
Olá Miguel;
“certamente que os vossos dois serão mais do que “coisas” naturais :)”
O que eu quis dizer com “coisas”, refería-me aos actos. Jamais entenderia os meus filhos como “coisas”.
Como posso entender que “milagre” (Facto.Fato sobrenatural oposto às leis da Natureza.)possa ser uma coisa natural?
Vejo montes de vezes acontecerem coincidências e não lhes posso chamar de sobrenaturais.
O chamado milagre não viola as leis da natureza simplesmente porque a natureza não produz milagres. Produz sim coisas espantosas aos nossos olhos que por vezes demora tempo a serem explicadas.
Vendo que o M. Panão é um crente ferveroso, apenas tenho o direito de o respeitar. E apraz-me ver que o seu blogue não tem os comentários sob censura. Isto pode significar que os seus comentadores não o ofendem, ao contrário do que acontece em blogues ateístas.
Cumprimentos
Caro Abraão,
a conclusão de que a natureza não produz milagres está dependente daquilo que entendes por “milagre”, correcto? Assim como aquilo que se entende por sobrenatural. E depende ainda da visão que temos do mundo. Se eu partilhasse a visão de muitos ateus que “acreditam” no cientismo, ou no materialismo científico, certamente que Deus não sendo um ser entre outros seres, ou causa entre outras causas, não seria compatível com essa visão e teria de rejeitar a sua existência. Porém, essa existência não depende da minha visão do mundo, embora essa visão possa condicionar a forma como encaro essa existência.
Eu considero-me antes um crente convicto (não tanto fervoroso) da sua crença e aberto ao diálogo com quem não possui convicções religiosas.
Abraço
Caro Miguel,
«Quanto a Cristo, creio que a leitura dos livros do Papa sobre Jesus de Nazaré seria esclarecedor porque até um não-Cristão sabe – hoje em dia – que Jesus não é uma personagem mítica. É básico.»
Não percebo como sabe que Jesus não é uma personagem mítica. Que provas tem? Uma mentira passada de geração em geração, escrita em livro? Isso não a transforma em verdade…
«Há seriedade na tua afirmação ou será mera demagogia?»
Cumprimentos,
Caro Miguel,
«Assim, quanto muito poderias afirmar que “a ciência impede que o Cristianismo se contradiga a si próprio”.»
Pela definição que apresentou de Cristianismo, é um saco vazio em que tudo cabe e necessita de suporte externo para não se contradizer… a interpretação evolui, ou “apresenta mutações” que de tão transfigurado que está, o cristianismo, já não é possível reconhecer qualquer ponta de transcendência.
Pode-se dizer que passou de pescador a pastor e ainda acredita que só há campos e não há cidades…
O que vai ser agora? taxista?
Cumprimentos,
Na verdade, não é a ciência que contradiz o Cristianismo mas a filosofia arbitrariamente criada como teste para o que é e deixa de ser “ciência”: naturalismo.
Sempre que um anti-Cristão diz que a “ciência” contradiz o Cristianismo, o que ele tem em mente é o naturalismo e não a ciência de Mendel, Faraday, Pascal, Newton ou Francis Bacon.
Quando pressionados, os naturalistas irão citar coisas como os milagres como eventos que estão contra a “ciência” (=naturalismo).
Oh Mats, ainda estás no tempo de Mendel, Faraday, Pascal, ou Bacon? Quando é que te vais encontrar com Einstein, Bose, Plank, Bohr, Bohm, Feynman, Weinberg…?
Será que o Miguel é um «anti-cristão»? Foi ele que disse: «a ciência impede que o Cristianismo se contradiga a si próprio».
Não foram os Cristãos que condenaram Galileo Galilei?
Os Cristãos estavam confusos com as novidades das novas Américas e com Copérnico ainda não tinham a filosofia do tirano supremo, mas na altura do Galileo já estava contra o filósofo supremo, tirano do vaticano… que mudou o calendário do Juliano para o Gregoriano segundo os calendários da Mesoamérica… o famoso calendário Maia, e os Maias já conheciam as luas de Júpiter prova que nem tudo rodava em torno da Terra e do Homem…Codex Dresdensis.
Segundo os Cristãos o Homem era o centro do universo…
O que os fez mudar de opinião?
Caro Amigo,
que provas tens do contrário, isto é, de que Jesus é uma personagem mítica? Carlos Magno foi uma personagem mítica? Afonso Henriques foi uma personagem mítica? Sócrates foi uma personagem mítica? És tu uma personagem virtual?
pela definição que apresentou de Cristianismo, é um saco vazio em que tudo cabe e necessita de suporte externo para não se contradizer
Não percebo por que é o Cristianismo um saco vazio. Vazio de quê? A que suporte te referes? Uma interpretação pode (e deve) evoluir, mas a verdade que procura interpretar mantém-se.
Segundo os Cristãos o Homem era o centro do universo…
De onde tiraste essa ideia? De Cristo? Onde suportas essa afirmação?
Abraço
Caro Miguel,
Voltamos ao onús da prova…
Para si:
«Cristianismo é dizer com S. Paulo, “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim …” »
e
«até um não-Cristão sabe – hoje em dia – que Jesus não é uma personagem mítica. É básico.»
Se está disposto a “encarnar” uma personagem e é básico mostrar que não é mítica, cabe-lhe o onús da prova de que realmente não o é…
«pela definição que apresentou de Cristianismo, é um saco vazio em que tudo cabe e necessita de suporte externo para não se contradizer
Não percebo por que é o Cristianismo um saco vazio. Vazio de quê?»
Como o Miguel disse:
“a ciência impede que o Cristianismo se contradiga a si próprio”.
Durante 2 mil anos o Cristianismo já teve tantas caras que se mostra um religião sem espinha dorsal, sem estrutura, capaz de se moldar ao pior e ao melhor da sociedade humana. Como tal é um saco vazio que pode ficar com a forma que desejar e permite a Anders Behring Breivik dizer que é Cristão…
Se quiser saber a conjectura que tenho sobre o mito YESHUA tem várias fases… durante mais de 400 anos…
Cumprimentos,
«Segundo os Cristãos o Homem era o centro do universo…
De onde tiraste essa ideia? De Cristo? Onde suportas essa afirmação?»
vide: Papa Paulo V.
Caro Amigo,
Quando perguntaram a N.T. Wright “como sabemos que Jesus existiu?” ele, historiador, respondeu:
«É muito difícil saber por onde começar, pois os dados relativos a Jesus são tão extensos que, enquanto historiador, me apraz dizer que possuímos dados tão fidedignos sobre Jesus como sobre qualquer outros indivíduo do mundo antigo. (…) no caso de Jesus, todos os dados apontam firmemente para a existência desta grande figura entre os anos 20 e 30 do século I. E os dados ajustam-se tão bem ao que sabemos do judaísmo da época …, que dificilmente haverá historiadores actuais que duvidem da existência de Jesus – na verdade, não sei de nenhum.»
Por isso, caro Amigo, pergunto-te: conheces algum?
Durante 2 mil anos o Cristianismo já teve tantas caras que se mostra um religião sem espinha dorsal, sem estrutura, capaz de se moldar ao pior e ao melhor da sociedade humana.
Podias explicar o que é ter espinha dorsal em relação a uma religião? Há quem se queixe que a Igreja Católica (Cristã, portanto) tem estrutura a mais. Tu afirmas o inverso, logo, o que entendes por estruturação de uma religião? O que permite a Anders dizer-se Cristão é identificar-se com uma visão semelhante à que animou as Cruzadas e que está ultrapassada por ser uma visão política e não Cristã. Jesus disse que devemos amar os inimigos …
vide: Papa Paulo V
Então corrige, se fazes o favor, a tua frase e dizer “Segundo Papa Paulo V o Homem era o centro do universo …”
Caro Miguel,
Num tema tão polémico…
quantos queres?
vide:Jesus myth theory.
«A existência desta grande figura entre os anos 20 e 30 do século I.» Na minha conjectura também há essa fase. Na realidade não será apenas Jesus mas também João Baptista, dois seres com nascimentos improváveis… Na realidade os Romanos tinham de realizar as profecias judaicas do aparecimento do filho de David… cuitado do pobre ser, até andou num burro só porque assim diziam as profecias…
mas o mito YESHUA terá nascido 60 anos antes com Calígula e tomou forma 400 anos depois em Niceia…
De facto a religião tem uma estrutura hierarquica muito rígida… o filósofo tirano diz que é preto, e todos dizem que é preto… o filósofo tirano diz que é branco e todos dizem que é branco… o filósofo diz que é “amor” e todos dizem que é “amor”…
Como sabes o cardeal patriarca de Lisboa gostava de incluir mulheres a celebrar as missas mas o filósofo tirano, impediu tal opinião… há liberdade até um ponto… depois, excomunhão… se a interpretação da bíblia está nas mãos do filósofo tirano, logo a interpretação de cristo também está nas mãos do tirano. Assim a interpretação de cristo é um saco vazio que toma a forma que o tirano bem entender, exemplo: papa Paulo V.
Por isso corrige, se fazes o favor, a tua frase e dizer “Para os cristãos o Homem era o centro do universo …”
Cumprimentos,
Caro Amigo,
não deixa de ser curioso que a tua opinião é ausente de fontes e pode passar por um mero acto com características solipsistas. Não será que o maior filósofo tirano é a tua visão limitativa do mundo?
A tua frase é fundamentalmente incorrecta, mas se te sentes bem na consciência pensar incorrectamente, e viver na ilusão dos mitos que pensas existirem, só posso respeitar-te …
Caro Miguel,
Desculpa, pensei que a sua cultura fosse mais ampla: Filósofo tirano
Videe: Livro V de A República, Platão.
E depois compare com o vaticano e as suas leis, principalmente, celibato…
Cumprimentos,
Caro Amigo,
a minha cultura é muito baixa … mas antes de comparar, o que entendes por celibato na Igreja Católica?
Do latim caelibatus : Sem conjugalidade. Sem jugo com uma mulher. Sem formar família própria.
Celibato nada tem com castidade. Celibato faz parte de uma sociedade sem família e sem propriedade.
Uma coisa é a etimologia da palavra, outra é o significado que lhe é dado num determinado tempo e contexto cultural. A minha pergunta foi e continua a ser “o que entendes por celibato na Igreja Católica?”
Do latim caelibatus : Sem conjugalidade. Sem jugo com uma mulher. Sem formar família própria.
Celibato nada tem com castidade. Celibato faz parte de uma sociedade sem família e sem propriedade.
Os leigos é que pensam em castidade…
Caro Miguel,
«Quanto a Cristo, creio que a leitura dos livros do Papa sobre Jesus de Nazaré seria esclarecedor porque até um não-Cristão sabe – hoje em dia – que Jesus não é uma personagem mítica. É básico.»
Não percebo como sabe que Jesus não é uma personagem mítica. Que provas tem? Uma mentira passada de geração em geração, escrita em livro? Isso não a transforma em verdade…
«Há seriedade na tua afirmação ou será mera demagogia?»
“a ciência impede que o Cristianismo se contradiga a si próprio”.
Cumprimentos,
Caro Amigo,
é o resultado de estudos históricos fundamentados. Vê de novo o que citei de N.T. Wright que se encontra no livro de Antony Flew da Aletheia.
Caro Miguel,
A alteração de opinião de uma pessoa, não prova nada. Antony Flew até pode acreditar em Marcianos.
Que estudos históricos fundamentados?
Podes ser mais claro?
Cumprimentos,
Sim, Miguel, que estudos históricos fundamentados? Também gostava de ver isso. De preferência de autores que não estejam empenhados na causa, como N.T. Right, Ratzinger ou Flew.
Caros Amigo e J,
pesquisem nos artigos de N.T. Wright (http://www.ntwrightpage.com/) e, sabem, um historiador, filósofo, teólogo ou cientista que não se empenha na causa não chega a ser nunca um bom historiador, filósofo, teólogo ou cientista. O problema é vocês pensarem que os crentes são acríticos enquanto historiadores, filósofos, teólogos ou cientistas. Estão errados e vale mais mudarem de opinião, caso contrário, irão sempre permanecer no erro.
Neste comentário usei uma vez as palavras “nunca” e “sempre”. Medi bem o que disse. Façam-no também.
Caro Miguel,
N.T. Wright:
“What is more, I cannot as a historian see why anyone would have continued to belong to his movement and regard him as its messiah.”
Parece que a sua referência é “um historiador, filósofo, teólogo ou cientista que não se empenha na causa não chega a ser nunca um bom historiador, filósofo, teólogo ou cientista. “
Uma vez que segundo Filon de Alexandria é claro quem e porque usou a profecia YHWH.
Lamento dizer que quem está no erro é o caríssimo Miguel Panão ao pensar que o considero acrítico. Está errado! “e vale mais mudarem de opinião, caso contrário, irão sempre permanecer no erro.”
Ainda não vi uma prova concreta e irrefutável.
Cumprimentos,
Caro Amigo,
Entre a frase the N.T. Wright e a frase seguinte há um salto que não se entende. O que queres dizer?
“Segundo Filon de Alexandria” … referência?
Fico contente por não me considerar “acrítico”, pois significa que mudaste de opinião …
O que seria para ti uma prova concreta e irrefutável?
Caro Miguel,
«”Segundo Filon de Alexandria” … referência?»
http://books.google.com/books?id=udcUAAAAIAAJ&printsec=frontcover
Os romanos tinham um interesse muito concreto.
«Fico contente por não me considerar “acrítico”, pois significa que mudaste de opinião …»
Quando é que o considerei acrítico? Poderei ter dito que assume algo sem criticar, mas revelou desde início uma visão do mundo e um domínio da linguagem que é interessante verificar.
«O que seria para ti uma prova concreta e irrefutável?»
Documentos que descrevam a vida dessa pessoa notável desde criança e que nada se sabe da data de nascimento, embora saibam que a mãe era virgem… da data da morte, embora saibam que foi na páscoa… do que fez na juventude até aos 30 anos, onde estudou, com quem conviveu…
O mesmo para João Baptista.
Ou outra reveladora… ex:o testemunho do irmão, como se sabe que era irmão, datas, verificação da veracidade dos documentos…
Cumprimentos,
Quando me dão uma referência sobre um assunto específico convém indicar, ao menos uma página. Caso contrário, não percebo onde queres chegar …
A questão do “acrítico” referia-se, de facto, a um comentário do J.
Em relação à prova concreta e irrefutável, gostava muito de saber qual foi a tua origem civilizacional. Isto é, se aplicares esse argumento à tua geneologia, creio que chegarás à conclusão que não tens origem. Parece-me uma exigência muito frágil para aquilo que se pode considerar como prova concreta e irrefutável. Desse modo, muito daquilo que pensas saber depende mais de crenças do que de provas concretas e irrefutáveis.
Caro Miguel,
“Isto é, se aplicares esse argumento à tua geneologia, creio que chegarás à conclusão que não tens origem.” Se, por azar, isso acontece, também não digo que conheço a personalidade de alguém dessa geneologia… e fazer coisas em nome dessa pessoa…
Cumprimentos,
Caro Amigo,
ainda bem que reconheces que o teu argumento não tem sentido algum …
Não Miguel,
Dizer que “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim …” e já nem se lembra da sua genealogia… é que não faz sentido.
Simplesmente, pensa que sabe o que é Cristo, mas na verdade nada tem de concreto. Com essa desculpa de Cristo viver em si, pode fazer cruzadas ou dizer que é palavra ou amor… enfim, serve para tudo.
Sim Amigo,
– o que afirmas apenas quer dizer que a forma como defines provas irrefutável e concreta não tem sentido;
– quando penso que sei, nada tenho de concreto (logo, também não é pela via do achar que se sabe que se é Cristo);
– e também, Cristo viver em mim, tão bem expresso pelas palavras de S. Paulo, não é desculpa porque se fosse, seria como dizes.
O que vais descobrindo … é que ser Cristão, efectivamente, é mais do que aquilo que pensas ser.