Faz algum tempo desde que deixei um último post. Retomo com uma frase da última encíclica do Papa Francisco, juntamente com o Papa emérito, Bento XVI:

O crente não é arrogante; pelo contrário, a verdade torna-o humilde, sabendo que, mais do que possuirmo-la nós, é ela que nos abraça e possui. Longe de nos endurecer, a segurança da fé põe-nos a caminho e torna possível o testemunho e o diálogo com todos.


Um diálogo entre ciência e fé religiosa que não seja espelho disto, não vale a pena existir sequer. Por outro lado, se um crente não é arrogante, quem o é e se diz crente, não o é efetivamente. Ainda,

O olhar da ciência tira benefício da fé: esta convida o cientista a permanecer aberto à realidade, em toda a sua riqueza inesgotável. A fé desperta o sentido crítico, enquanto impede a pesquisa de se deter, satisfeita, nas suas fórmulas e ajuda-a a compreender que a natureza sempre as ultrapassa. Convidando a maravilhar-se diante do mistério da criação, a fé alarga os horizontes da razão para iluminar melhor o mundo que se abre aos estudos da ciência.

Não há qualquer justificação para uma incompatibilidade entre ciência e fé.